O Carnaval é provavelmente a nossa festividade do ano preferida. Em termos de manifestação da nossa honestidade, é o máximo a que conseguimos chegar. Refiro-me a todos nós que nos mascaramos e que através dessas máscaras revelamos o que desejariamos ser – no nosso quotidiano, atravessando com esse disfarce a nossa vida pessoal e profissional. A decisão de escolher uma determinada máscara vem do nosso íntimo, e resulta do confronto dos nossos medos e receios relativamente ao que desejamos e a realidade. A máscara escolhida como definitiva é honesta. É o nosso “eu” mais escondido exteriorizado e exposto aos outros. Cada um de nós que se mascara pede no seu íntimo que o respeitem e que o percebam pelo menos uma vez por ano.

Por isto, pedia a todos os elementos da certa tendência espalhados por esse mundo fora que a cada urso, fantasma, homem-aranha, cavalo, mexicano, batman, homem do lixo, radiologista, bebé, dama-antiga, palhaço, monstro e outros mais, mostrasse que é solidário com a escolha dessa pessoa e que - como pessoa que também está mascarado, ou se já se mascarou alguma vez por necessidade - o apoia a seguir o caminho da sua vida assumindo-se já não como mascarado mas com uma nova identidade.

Cada vez que estiver na presença de uma pessoa mascarada, aplauda-a à sua passagem e abrace-a com carinho.

2 comentários:

L disse...

Pessoal da mão, tentarei seguir o vosso conselho de hoje em diante. Um abraço, desde já sentido, desta vossa fã de Aljubarrota.

ps: em vez de distribuir abraços, se às vezes pregar honestamente com uma baguete na cabeça das pessoas, também pode ser?
A violência sincera revela uma certa tendência?

Anónimo disse...

no próximo carnaval visto-me de lula